Em 2008, a Federação Internacional de Tireoide estabeleceu o 25 de maio como o Dia Mundial da Tireoide, com o objetivo de promover a conscientização sobre os problemas de saúde relacionados a essa glândula, bem como formas de tratamento e cuidado.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, ou gogó.
Os hormônios produzidos pela tireoide – T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) – agem sobre o metabolismo e a função de órgãos vitais, como coração, cérebro, fígado e rins. Interferem, também, no crescimento e no desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.
Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
No hipertireoidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino se solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada.
Por outro lado, se a produção de hormônios é insuficiente, pode acontecer o hipotireoidismo. Nesse caso, o organismo passa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino fica preso e o crescimento é comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e, até mesmo, depressão.
O que causa as disfunções da tireoide?
Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, da pessoa recém-nascida à idosa, em homens e mulheres.
Estas disfunções são, na maioria dos casos, geneticamente herdadas.
Tanto o hipotireoidismo como o hipertireoidismo são doenças autoimunes. O indivíduo produz anticorpos contra a própria tireoide, bloqueando ou estimulando o seu funcionamento, respectivamente.
O hipotireoidismo é a alteração mais frequente da tireoide. Sua prevalência em mulheres é de cerca de 10% e aumenta na menopausa, quando passa a ser em torno de 12 a 15%. Em homens, é menos frequente e sua prevalência está em torno de 3%.
Como é feito o diagnóstico das disfunções da tireoide?
O TSH é o hormônio estimulador da tireoide. É produzido pela hipófise e controla o funcionamento da tireoide. Quando ocorre o hipotireoidismo, o TSH se eleva para estimular a glândula e, quando a tireoide está funcionando em excesso, o TSH fica suprimido.
As dosagens de TSH, T4 e T3 são realizadas pelo Laboratório Santa Paula, sendo muitas vezes utilizadas em conjunto para apoiar a avaliação da função tireoidiana.
No entanto, esses testes são recomendados para início de investigação, sendo necessários exames complementares. Portanto, caso apresente sinais de disfunção da tireoide, consulte sua médica, ou médico de confiança. Quanto antes for realizado o diagnóstico, melhor, pois assim será possível iniciar o tratamento mais adequado antecipadamente.
Com informações de:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia