Novo teste disponibilizado pelo Laboratório Santa Paula substitui o antigo PPD na identificação de proteínas relacionadas à imunidade frente a processos respiratórios inflamatórios e infecciosos.
O novo teste, conhecido como IGRA, é realizado em parceria com o Laboratório Fleury Medicina e Saúde, e se chama Quantiferon-TB Gold.
O exame se fundamenta na detecção de gama-interferon (Intérferon), que são proteínas produzidas por linfócitos de memória, como uma resposta do organismo à detecção de antígenos ESAT-6, CFP-10 e TB7.7 in vitro.
Indivíduos infectados por Mycobacterium tuberculosis, bactéria causadora da tuberculose, que apresentem doença ativa ou que tenham infecção latente, possuem linfócitos T de memória circulantes no sangue periférico, específicos para esses antígenos, que são expressos durante o processo de interação com macrófagos.
O teste é considerado positivo (infecção por M. tuberculosis) se for identificada uma quantidade representativa de gama-interferon em amostra de sangue exposta aos antígenos específicos de micobactérias relacionadas a enfermidades, infecções e inflamações respiratórias.
Indivíduos vacinados com BCG apresentam resultado negativo, pois os antígenos utilizados no teste não são expressos por M. bovis BCG.
Ainda não há um consenso sobre quanto tempo deve ser aguardado para a realização do teste Quantiferon após a realização do teste tuberculínico (PPD). Enquanto alguns pesquisadores afirmam que pode haver uma potencialização na resposta, outros demonstram que isso não é relevante; entretanto a maioria dos trabalhos demonstra que, quando o teste de PPD é negativo, não há interferência no teste do Quantiferon, se realizado em até quatro semanas após o teste tuberculínico (PPD).
O teste Quantiferon-TB Gold não permite diferenciar doença ativa de infecção latente. Além disso, pode haver reações falsamente positivas nas infecções por M. kansasii, M. szulgai ou M. marinum.
Por sua vez, o teste tuberculínico (PPD) é um exame de reação intradérmica com a aplicação de 2 unidades de tuberculina (UT) no paciente. O antígeno utilizado é de procedência do Statens Serum Institut, Copenhagen, Dinamarca, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Antes do procedimento, o cliente deve informar se fez uso de corticóide e/ou imunossupressores nos últimos sete dias.
Para a realização do teste, é necessária a aplicação de tuberculina na face anterior do antebraço, 5 cm abaixo do cotovelo. Para a leitura desse teste, o cliente precisa retornar ao Laboratório Santa Paula depois de 72 horas e o não comparecimento na data marcada impede a interpretação do exame. A leitura pode ser feita após 48 horas em casos excepcionais.
São considerados positivos testes com diâmetro transversal de endurecimento do local de aplicação de tuberculina a partir de 10 mm. Testes com medidas entre 5 e 9 mm são considerados fracamente positivos e devem ser repetidos a critério médico. Halos inferiores a 5 mm ocorrem em testes considerados negativos.
O exame é indicado como auxiliar no diagnóstico da exposição ao Mycobacterium tuberculosis e na avaliação da imunidade celular.
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